COP 30: O Caos Anunciado em Belém
"Uma análise crítica sobre os bastidores da COP 30 em Belém, expondo gastos bilionários, obras inacabadas, impactos ambientais e o silêncio da população diante do caos anunciado."
POLITICA
Por Thamy Reis
8/13/20252 min read
COP 30: O Caos Anunciado em Belém
Ah, Belém! A cidade que, de repente, virou o epicentro das atenções globais com a chegada da COP 30. Mas, por trás dos discursos pomposos e das promessas de desenvolvimento sustentável, o que vemos é um espetáculo de investimentos milionários, infraestrutura precária e uma população que parece anestesiada diante do caos iminente. Com um orçamento que ultrapassa os R$ 4,5 bilhões, provenientes dos cofres federais, estaduais e municipais, Belém se transformou em um canteiro de obras. O Parque da Cidade, por exemplo, está com 78% das estruturas concluídas, mas apenas 60% do espaço estará disponível para o público durante a conferência; os outros 40% só serão entregues após o evento, com previsão de término em 2027. A cidade, que já sofre com a falta de saneamento básico para 80% da população, agora enfrenta uma "inflação da COP 30". Produtos locais, como a castanha-do-pará, tiveram aumentos de até 271%. A capacidade hoteleira é insuficiente, e os preços das hospedagens dispararam, tornando-se inacessíveis para muitos. O presidente Lula, em uma tentativa de minimizar a situação, sugeriu que, na falta de hotéis de cinco estrelas, os visitantes poderiam dormir em estabelecimentos de categorias inferiores ou até mesmo "olhando para o céu". E o que dizer da construção de uma rodovia de quatro faixas que corta dezenas de milhares de hectares de floresta amazônica protegida? Tudo isso para facilitar o acesso à cidade durante a COP 30. O governo estadual promove a rodovia como "sustentável", mas moradores e ambientalistas criticam o impacto ambiental. Afinal, desmatar a Amazônia para sediar uma conferência climática é, no mínimo, irônico. Diante de tudo isso, o que mais impressiona é a passividade da população. Onde estão os protestos? As manifestações? Parece que todos estão conformados, assistindo ao desmantelamento de sua cidade e de seu meio ambiente sem esboçar reação. Será que a promessa de desenvolvimento e visibilidade internacional é suficiente para calar as vozes dissonantes? Belém está prestes a sediar um dos eventos mais importantes do mundo, mas a que custo? Investimentos superfaturados, infraestrutura deficiente, preços abusivos e desmatamento desenfreado são apenas alguns dos problemas que assolam a cidade. E o pior: tudo isso acontece sob o olhar complacente de uma população que parece ter perdido a capacidade de indignar-se. É hora de acordar e questionar: a quem realmente serve a COP 30 em Belém?


É só minha opinião.
A COP 30 em Belém é um paradoxo cruel. Bilhões gastos em obras que só terminam em 2027, desmatamento para construir estradas numa conferência climática, população sem saneamento pagando inflação de 271% e hotéis inacessíveis. O pior? Ninguém protesta. Aceitam calados o desmonte da cidade em nome do "desenvolvimento". Belém virou vitrine cara para turista ver, enquanto morador sofre.


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