De Aliados a Rivais: A Virada na Relação Entre Helder Barbalho e Daniel Santos

Da lua de mel ao rompimento: a relação entre Helder Barbalho e Daniel Santos azeda com disputa por poder, troca de partido e afastamento relâmpago revertido pelo STJ, travando a cooperação entre Estado e prefeitura e deixando Ananindeua pagar a conta — um retrato dos bastidores que impactam diretamente a vida do cidadão.

POLITICA

Por Thamy Reis

8/15/20253 min read

Ah, a política brasileira! Onde amizades eternas duram exatos quatro anos e alianças "inquebráveis" se despedaçam mais rápido que promessa de campanha. A relação entre o governador Helder Barbalho e o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, é um episódio digno de novela das oito - com direito a traição, drama e até afastamento judicial.

Em 2020, tudo eram flores. Helder praticamente carregou Daniel Santos no colo até a prefeitura de Ananindeua, garantindo-lhe impressionantes 67,70% dos votos. Era o casamento político perfeito: o governador tinha seu fiel escudeiro na segunda maior cidade do Estado, e Daniel ganhava o padrinho político mais poderoso do Pará. Quem diria que essa lua de mel duraria menos que governo Collor?

A primeira rachadura apareceu em 2022, quando Helder embarcou no "time Lula" e Daniel preferiu ficar em cima do muro - estratégia política equivalente a tentar agradar sogra e esposa ao mesmo tempo. Spoiler: não deu certo. Quando um político resolve "não se posicionar", geralmente é porque já se posicionou, só não quer assumir publicamente. A disputa pela escolha do vice-prefeito foi o momento "quem usa as calças nessa relação". Helder queria seu candidato; Daniel preferiu outro. Foi quando o pupilo resolveu mostrar que tinha crescido e não precisava mais da mamadeira política do padrinho.

Em abril de 2024, Daniel trocou o MDB pelo PSB - movimento político equivalente a trocar a aliança de casamento por um anel de compromisso com outra pessoa. E quem paga o pato? Obviamente, a população ananindeuense! Eventos oficiais viraram território de guerra fria, com Daniel sendo "gentilmente desconvidado" de cerimônias na própria cidade. Imagine a cena: obras sendo inauguradas em Ananindeua sem a presença do prefeito - é como fazer festa de aniversário e esquecer de convidar o aniversariante.

A falta de diálogo entre as esferas estadual e municipal prejudica investimentos, projetos integrados e, principalmente, a eficiência das políticas públicas. Afinal, quando papai e mamãe brigam, a casa vira um caos. Para temperar ainda mais a novela, Daniel foi afastado do cargo em agosto de 2025 por questões relacionadas ao Hospital Santa Maria. Um dia depois, o STJ disse "calma lá" e o recolocou no posto. Vai entender a Justiça brasileira!

Caro leitor, essa saga nos ensina que política não é futebol - não dá para escolher um time e torcer cegamente. É fundamental acompanhar os bastidores, entender as mudanças de cenário e desenvolver senso crítico. Porque, convenhamos, levantar bandeira sem conhecer a história completa é como assistir só o último capítulo da novela e achar que entendeu tudo. A consciência política começa com informação de qualidade. E você, já escolheu de que lado está nessa história?

É só minha opinião!

Sinceramente, essa situação expõe como funciona o jogo político brasileiro: alianças são contratos temporários, não pactos eternos. Enquanto assistimos essa reviravolta, Ananindeua perde projetos e a população fica sem entender direito o que aconteceu. O problema não são os rompimentos - eles fazem parte da política -, mas sim nossa ingenuidade em achar que tudo deveria ser para sempre. Precisamos parar de tratar política como futebol, onde escolhemos um lado e torcemos cegamente. É hora de cobrar transparência, acompanhar decisões e entender que mudanças de rumo acontecem. A questão é: essas mudanças estão servindo a quem? Aos interesses públicos ou aos jogos de poder?