Meus caros leitores, preparem-se para mais um capítulo da série "Coisas que você não esperava ver hoje". Um bispo evangélico foi flagrado em vídeo andando próximo a um bar usando calcinha e peruca. Sua defesa? "Estava fazendo uma investigação." Agora, me permitam algumas reflexões que talvez vocês também estejam fazendo. Que tipo de investigação, exatamente, requer um bispo se vestir de mulher? Estava infiltrando uma rede de espionagem internacional? Investigando a qualidade das calcinhas no mercado brasileiro? Ou seria uma nova metodologia teológica que ainda não chegou aos seminários? A criatividade humana nunca deixa de me impressionar, especialmente quando se trata de justificar o injustificável.

E a esposa? Imaginem acordar e descobrir que seu marido, líder espiritual respeitado pela comunidade, virou meme nacional vestido de mulher. Que constrangimento! Que dilaceração familiar! Como explicar isso aos filhos, aos amigos, à congregação? Aqui está o ponto mais sério: todos somos pecadores, isso é fato. Mas quando assumimos posições de liderança - especialmente espiritual - carregamos uma responsabilidade maior. Não é hipocrisia, é compromisso com aqueles que confiam em nossa orientação.

Como pode alguém que deveria ser exemplo de retidão se encontrar em situação tão peculiar? Onde estava a vigilância? A oração? O discernimento? A questão não é julgar o homem, mas questionar: como permitimos que "a carne grite mais alto" do que aquilo que Cristo espera de nós? Especialmente quando milhares de fiéis depositam sua fé em nossa condução espiritual? Líderes religiosos são humanos, sim. Mas são humanos com uma missão específica e um padrão ético mais elevado a seguir.

Talvez seja hora de repensarmos o que realmente significa liderança espiritual no século XXI. Será que estamos preparando líderes ou apenas criando personagens para um espetáculo religioso?

É só minha Opinião.

Honestamente? Se você precisa se vestir de mulher para "investigar" algo, talvez devesse repensar sua vocação. Líderes espirituais deveriam dar exemplo, não protagonizar pegadinhas constrangedoras. A congregação deposita fé em você, não em suas fantasias investigativas. Será que estamos vendo pastores ou atores amadores tentando justificar seus fetiches pessoais? A questão é: onde fica a credibilidade quando o líder vira piada? É só minha opinião!